quarta-feira, 17 de junho de 2009


"O importante é motivar a criança para leitura, para a aventura de ler." (Ziraldo)

domingo, 14 de junho de 2009

TRABALHANDO COM O NOME PRÓPRIO:
O primeiro contato sistemático da criança com o objeto da leitura e escrita é através do seu próprio nome e com os nomes dos colegas. Para aprender a ler e escrever o aluno precisa ter uma interação com a leitura e a escrita e estar munido de um forte significado afetivo. O trabalho com o nome próprio é ideal na fase de alfabetização haja visto que:


* O nome de cada aluno é carregado de significação afetiva;
* A identificação da sua função social e clara e estável;
* Através do nome o aluno pode lidar com várias informações convencionais (nomes das letras, relações fonéticas, etc.);


ATIVIDADES:
*Confecção de crachás: Já no primeiro dia de aula, a professora deve promover uma atividade de apresentação utilizando crachás que serão previamente preparados por ela. Durante a apresentação mostrar um crachá por vez e verificar quais os alunos que já reconhecem seu nome. Durante essa atividade, dar pistas do nome que está escrito quando os alunos não conseguirem identificá-lo.
A história do nome: Enviar para casa uma ficha que deverá ser preenchida pelos responsáveis pelos alunos para que lhes contem a origem do seu nome. No outro dia, os alunos contarão para turma o que descobriram.




As atividades com o nome próprio podem ser feitas diariamente com a utilização de cartazes de ajudantes do dia, aniversariantes e murais da turma.
Durante as atividades a professora deverá chamar a atenção dos alunos questionando-os e solicitando que:
Leiam juntos os nomes dos colegas nos crachás;
Reconheçam letras iguais as do seu nome nos crachás dos colegas;
Ressaltar a letra inicial dos nomes nos crachás;
Identificar os colegas que tem a mesma letra inicial;
OUTRAS ATIVIDADES:
*Misturar os crachás dos alunos e pedir para que cada um pegue um crachá sem que possam escolher o nome. Após os alunos deverão ler silenciosamente o nome que pegaram, em seguida, deverão entregar o crachá ao colega que tem o nome que está escrito e explicar a seu modo como chegou a conclusão a quem pertencia o crachá.
O aluno deverá escrever seu nome em uma folha com letras grandes, logo, deverá fazer um desenho com cada letra ou recortar de jornais e revistas figuras que comecem com as letras que formam o seu nome e colá-las abaixo:
*Recortar de jornais e revistas letras do nome;
*Recortar de jornais e revistas outras palavras que iniciem com as letras do nome;
*Confecção de cartaz do ajudante, no qual cada aluno escreve seu próprio nome;
*Confecção de fichas para o cartaz de chamada com alfabeto móvel;
*Quebra-cabeça do nome próprio;
*Amigo secreto;
*Musicas envolvendo o nome dos alunos;
*Dominó do nome;
*Memória dos nomes (com fotos e nomes/ com a letra inicial e o nome/ O nome escrito com diferentes tipos de letras);
*Caça-palavras com os nomes dos alunos;
*Escrita espontânea dos nomes dos colegas, professora e familiares;
*Bingo;
*Jogos variados envolvendo o nome próprio.
*Colar uma bolinha de papel para cada vez que eu abrir a boca (SÍLABAS)para falar o nome dos colegas:

TRABALHANDO COM A CERTIDÃO DE NASCIMENTO
Esta atividade é a oportunidade para situar o aluno no tempo e no espaço, levando-o a conhecer um pouco da sua história e sua identidade.
Pedir para os alunos trazerem de casa sua certidão de nascimento;
Confeccionar um cartaz com os nomes e as datas de nascimento dos alunos;
Confecção do cartaz de aniversariantes;
Elaborar uma lista com os nomes das cidades que os alunos nasceram;
Fazer uma linha do tempo (cartaz), onde cada aluno colocará uma ficha com seu nome no ano de seu nascimento;

Exemplo:

Os alunos poderão calcular a idade de todos contando ano a ano a partir do ano que nasceram.
Após o reconhecimento dos dados existentes na certidão de nascimento, confeccionar carteiras de identidade que serão usadas pelos alunos.
FOLHA DE NOMES;
Distribuir para os aluno uma folha contendo o nome de todos os colegas, da professora e da escola, para que eles leiam e reconheçam os nomes que estão escritos.




Os alunos deverão recortar os nomes da 1ª folha e colar nos espaços adequados da 2ª folha.
A partir do trabalho com os nomes, fazer a eleição dos grupos áulicos.

sexta-feira, 12 de junho de 2009




RECEITA DE ALFABETIZAÇÃO


Ingredientes:
1 criança de 6 anos

1 uniforme escolar

1 sala de aula decorada

1 cartilha


Preparo:
Pegue a criança de 6 anos limpe bem, lave e enxagüe com cuidado. Enfie a criança dentro do uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula (decorada com motivos infantis). Nas oito primeiras semanas, sirva como alimentação exercícios de prontidão. Na nona semana, ponha a cartilha na mão da criança.


Atenção: Tome cuidado para que ela não se contamine com o contato com os livros, jornais, revistas e outros materiais impressos.
Abra bem a boca da criança e faça com que ela engula as vogais. Depois de digeridas as vogais, mande-a mastigar uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo sessenta vezes. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos.
Mantenha a criança em banho maria durante quatro meses fazendo exercícios de cópia. Em seguida faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.
Ao fim do oitavo mês espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e vereifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas.
Se isso acontecer: Considere a criança alfabetizada. Enrole-a em um bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.
Se isso não acontecer: Se a criança não lhe devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o começo, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes for necessário. Se não der resultado ao fim de três anos enrole a criança em um papel pardo e coloque um rótulo: "aluno renitente"


ALFABETIZAÇÃO SEM RECEITA



Pegue uma criança de seis anos mais ou menos, no estado em que estiver, suja ou limpa, e coloque-a numa sala de aula onde existam muitas coisas escritas para olhar, manusear e examinar.
Sirva jornais velhos, revistas, embalagens, anúncios publicitários, latas de óleo vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim, tudo o que estiver entulhando os armários de sua casa ou escola e que tenha coisas escritas.
Convide a criança para brincar e ler, adivinhando o que está escrito. Você vai descobrir que ela sabe muita coisa! Converse com a criança, troque idéias sobre quem são vocês e as coisas que gostam ou não. Depois escreva no quadro algumas coisas que forem ditas e leia para ela. Peça à criança que olhe as coisas escritas que existem por aí, nas ruas, nas lojas, na televisão. Escreva algumas dessas coisas no quadro.
Deixe a criança cortar letras, palavras e frases dos jornais velhos. Não esqueça de pedir para que ela limpe a sala depois, explicando que assim a escola fica limpa.
Todos os dias leia em voz alta alguma coisa interessante: historinhas, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhação, convite, mostre numa nota fiscal algo que você comprou, procure um nome na lista telefônica.
Mostre também algumas coisas escritas que talvez a criança não conheça: dicionário, telegrama, carta, livro de receitas. Desafie a criança a pensar sobre a escrita e pense você também.
Quando a criança estiver tentando escrever, deixe-a perguntar ou ajudar o colega. Aceite a escrita da criança. Não se apavore se a criança estiver "comendo" letras. Até hoje não houve caso de "indigestão alfabética".
Invente sua própria cartilha, selecione palavras, frases e textos interessantes e que tenham a ver com a realidade da criança.
Use sua capacidade de observação, sua experiência e sua imaginação para ensinar a ler.
Leia e estude sempre e muito.

quarta-feira, 10 de junho de 2009


"A LEITURA DO MUNDO PRECEDE A LEITURA DA PALAVRA"
PAULO FREIRE

NA ESCOLA PEDRO VICENTE